terça-feira, 14 de maio de 2019

DEPUTADOS DISCUTIRÃO AUMENTO PROGRESSIVO NO PREÇO DO GNV NO RN


O crescente aumento no preço do GNV (Gás Natural Veicular) vem incomodando os consumidores potiguares, principalmente os motoristas de aplicativos e taxistas. Para tratar sobre o assunto, uma audiência pública está marcada na Assembleia Legislativa no dia 21 de maio, às 14h, com a presença de representantes de cooperativas e integrantes do movimento nacional “GNV Preço Justo”, que pretendem discutir ações e propor soluções para a redução nas tarifas cobradas ao consumidor. A audiência tem proposição do deputado estadual Coronel Azevedo (PSL/RN).

Em Natal, o preço médio cobrado nos postos de abastecimento é de R$ 3,79/m³. Esse número elevou-se em 564,91% em relação ao ano de 2000, ao qual o GNV era cobrado por R$ 0,57. Para um dos coordenadores do movimento no RN, Leonardo Barreto, a intenção é debater o tema e busca uma justificativa para o aumento nas tarifas junto à Potigás, responsável pela distribuição de gás natural no Estado.

“O movimento, que tem uma aplicação nacional, pretende discutir a redução no preço do GNV para o consumidor e os incentivos fiscais para as empresas do segmento. A Potigás, empresa responsável pelo Governo para a distribuição do gás natural no RN, repassa o combustível com uma alíquota de 23%, inviabilizando a manutenção das empresas locais”, destacou.

O movimento “GNV Preço Justo” aponta ainda números que justificam a redução no incentivo ao setor. Antes, o reduzido preço era o atrativo para a busca pelas conversões ao gás natural veicular, com o Rio Grande do Norte chegando a ter 32 empresas especializadas no serviço. Atualmente, apenas quatro representantes realizam a atividade, com valor médio por instalação de R$ 4 mil por conversão do combustível líquido (etanol ou gasolina) para o GNV.

“Os custos tributários para o GNV no Rio Grande do Norte são elevados. Em estado vizinhos, como Paraíba e Pernambuco, a alíquota de ICMS para o GNV é zero. Antes, tínhamos 32 convertedoras de GNV. Esse número caiu drasticamente para apenas quatro, causando outro prejuízo com redução na oferta de emprego para o setor. Com isso, buscamos uma redução na taxa do IPVA para veículos com GNV, além da implantação de mais pontos de GNV no Estado e o treinamento e capacitação para os profissionais da área”, aponta Leonardo Barreto.

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